Tanque | Peça autopropulsada | |
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Canhão de tanque | Armamento principal | Obuseiro |
Tiro direto | Trajetória de tiro | De tiro curvo |
Aberto (por exemplo, contra outro tanque) | Posição | Protegida (dispara à distância contra fortificações) |
Destruição de tanques e outro material blindado do inimigo | Destino | Destruição de fortificações, de meios de defesa antiaérea e antimíssil e de armas nucleares tátricas do inimigo |
Blindagem pesada Proteção dinâmica e ativa | Proteção | Blindagem ligeira, meios de camuflagem |
As peças de artilharia autopropulsada modernas são sobretudo obuseiros e peças de artilharia antiaérea autopropulsadas. Todas elas são “descendentes” das peças autopropulsadas soviéticas que em muito contribuíram para a vitória na Grande Guerra pela Pátria. No outono de 1942, as tropas alemãs testaram pela primeira vez em combate o seu tanque pesado Tigre – era ele que, na opinião de Hitler, deveria terminar a “guerra relâmpago” que estava demorando. O principal adversário do Tigre alemão foi a peça de artilharia autopropulsada soviética SU-122 – seu protótipo foi fabricado em apenas um mês e em finais de dezembro de 1942 as primeiras peças já tinham avançado para a frente de batalha. A primeira SU-76, criada na base do T-70, a SU-85 mais potente, criada na base do tanque T-34, a lendária SU-100, com proteção melhorada, a “heroína” da batalha de Kursk SU-152 – essas peças autopropulsadas soviéticas foram largamente usadas em todas as frentes da Grande Guerra pela Pátria na destruição dos tanques inimigos.
Depois da guerra, com o desenvolvimento da tecnologia, as peças de artilharia autopropulsadas de assalto e antitanque cederam temporariamente lugar aos sistemas de foguetes mais de desenvolvidos. Mas os foguetes não conseguiram substituir completamente as bocas de fogo, e a artilharia autopropulsada, depois de fortemente modernizada, regressou ao serviço. A principal evolução foi na direção do aumento do alcance máximo, da velocidade e da precisão de tiro. Em 1989, entrou em serviço o 2S19 Msta-S – um obuseiro de divisão autopropulsado com calibre 152 mm. Antes do início de sua fabricação, as fronteiras da URSS já estavam protegidas por peças usando bonitos nomes de “flores” – Acácia, Jacinto e Tulipa, mas a “corrida aos armamentos” entre a União Soviética e a OTAN exigia a continuação da melhoria de suas características de combate.
O novo veículo Msta-S recebeu um apelido menos poético. Do projeto da peça foi encarregado o gabinete OKB-3 da fábrica de veículos de transporte de Sverdlovsk. O 2S19 foi criado incorporando a transmissão do T-72 e o chassi do T-80. O Msta-S era superior ao Acácia em uma série de parâmetros, nomeadamente, em alcance de tiro – 29,06 contra 20,3 quilômetros. Uma série de problemas importantes foram resolvidos pela primeira vez de forma aplicada: foi obtida uma elevada velocidade de tiro, foi criado um sistema de comando de pontaria da peça, o que reduziu a quantidade de operações executadas manualmente pelo apontador, e concebido o sistema de descarga dos invólucros usados para fora do posto de combate.
Alcance máximo de tiro, km | 29 |
Ângulo de elevação | 68 |
Ângulo de declinação | 4 |
Velocidade, km/h | 60 |
Ângulo de ataque | 25 |
Ângulo de inclinação | 20 |
Altura de desnível, m | 0.5 |
Profundidade de vau, m | 1.2 |
Largura de fosso, m | 2.8 |
O projeto foi preparado com base nos dados fornecidos pela corporação Uralvagonzavod.
Foto: Uralvagonzavod; Ria Novosti (Yakov Chalil, Vasily Savransky, Petr Bernshtein, Gleb Spiridonov, Vladimir Galperin, David Trachtenberg, Yevgeny Biyatov, Vitaly Ankov, Vadim Zhernov, Pavel Lisitsyn.