Nos últimos dois anos, foram levadas a cabo várias reuniões de alto nível entre os EUA e a Argentina. Além da visita de Mauricio Macri a Washington três meses depois do início do mandato de Trump, o próprio líder norte-americano viajou à Argentina para participar da cúpula do G20 em Buenos Aires, o que converteu a Argentina em o único país latino-americano visitado por Trump desde que assumiu a presidência dos EUA. As relações comerciais são o assunto central das relações bilaterais entre os países. A postura de Trump e Macri coincidem em grande parte em relação à Venezuela.

Ao longo dos dois primeiros anos da presidência de Trump as relações com o Brasil têm sido estáveis. Apesar do intercâmbio comercial desenvolvido entre os dois países, no final de 2018 Trump qualificou como injustas e desfavoráveis para seu país as relações comerciais com o Brasil. Muitos analistas acreditam que a recente chegada à presidência de Jair Bolsonaro poderia levar o país sul-americano a um maior alinhamento com os UEA. Logo nos primeiros dias de sua posse, o novo chanceler brasileiro, Ernesto Araújo, anunciou o começo de uma nova etapa nas relações com os EUA.

Desde que Trump chegou ao poder, foram realizados vários encontros e reuniões entre os líderes e funcionários de alto nível dos EUA e da Colômbia. O principal assunto tratado pelos países recentemente é a questão venezuelana. A Colômbia mantém a mesma postura dos EUA contra o governo de Nicolás Maduro, enquanto Washington alocou milhões de dólares para ajuda humanitária para atender à situação dos migrantes venezuelanos na Colômbia. A luta contra o tráfico de drogas também tem sido um assunto recorrente no diálogo entre os dois países.

As relações bilaterais entre os EUA e Cuba tiveram um evidente retrocesso desde que Trump anunciou, em junho de 2017, sua decisão de reverter parcialmente a política de degelo iniciada por seu antecessor, Barack Obama. Trump acusa o governo cubano de abusos dos direitos humanos e de opressão. Em setembro de 2017, os EUA retiraram mais de metade de seu corpo diplomático em Havana e forçaram Cuba de maneira unilateral a fazer o mesmo com sua representação em Washington. Na ocasião, os EUA acusaram o governo cubano de organizar ataques acústicos contra os funcionários norte-americanos, o que nunca pôde ser comprovado. Posteriormente, os EUA introduziram várias sanções contra o país caribenho.

O tráfico de drogas e a migração ilegal têm sido os principais assuntos nas relações entre os EUA e a Guatemala durante a Administração de Donald Trump. A questão migratória tem sido o motivo das tensões atuais entre os dois países. O presidente norte-americano acusou repetidamente a Guatemala de falta de providências para impedir o fluxo de migrantes para os EUA e, no final de 2018, ameaçou de deixar de fornecer financiamento à Guatemala, e a outras nações centro-americanas, por não frenarem as caravanas em massa que buscam entrar nos EUA para pedir asilo. Por outro lado, a postura dos países coincide no que se trata de Israel. Seguindo o exemplo dos EUA, a Guatemala também anunciou a decisão de transferir sua embaixada de Tel Aviv para Jerusalém.

O México atualmente é o principal país latino-americano na mira da política exterior dos EUA. Trump mantém uma posição bastante conflituosa com seu vizinho do sul, em grande parte devido às questões migratórias. Tendo visitado o país em 2016, quando ainda era presidenciável, Donald Trump não visitou mais o país desde que assumiu a presidência. Os funcionários de alto escalão de seu governo, contudo, têm visitado o México por diversos motivos. A construção de um muro na fronteira com o México para impedir a migração ilegal e o tráfico de drogas é a maior prioridade na política dos EUA para a América Latina. A determinação de Trump de fazer o país latino-americano pagar pelo muro é motivo de tensões nas relações bilaterais. O novo tratado comercial para a América do Norte (USMCA) para substituir o NAFTA também tem sido um assunto relevante na relação entre os EUA e o México.

As relações entre os EUA e a Venezuela têm sido marcadas por tensões significativas desde que Trump assumiu o poder. O presidente norte-americano se posiciona duramente contra o governo de Nicolás Maduro, tendo introduzido várias rodadas de sanções contra o país sul-americano. O líder dos EUA considerou inclusive a possibilidade de "simplesmente invadir a Venezuela". Maduro, por sua parte, vem responsabilizando os EUA pelos atuais problemas econômicos no país.